A infectologista Sylvia Lemos, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirma que a rejeição das pessoas contra algumas vacinas é fruto da desinformação e que isso pode atrapalhar a imunização. “Não é para escolher. No momento em que estamos, quanto mais pessoas se vacinarem, melhor. Isso é importante para que possamos ter mais de 70% ou 80% da população atendida. Assim, uma pessoa protege a outra”, defende.
Entenda as diferenças das marcas:
CoronaVac (Butantan/SinoVac)
Produzida pela farmacêutica chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac recebeu a autorização de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para confecção da vacina, o Sars-CoV-2 é inativado com uso de substâncias químicas e se torna incapaz de causar a Covid-19. Em seguida, há adição de hidróxido de alumínio à solução, o que induz a produção de anticorpos em quem recebe a dose. Ela precisa de duas doses, com o intervalo entre 14 e 28 dias, para ter eficácia total. Cerca de duas semanas depois da aplicação do reforço, a imunização está completa.
Oxford/AstraZeneca (Fiocruz)
Vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e fabricada pela biofarmacêutica sueca AstraZeneca. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é parceira na produção do inoculante e recebe o insumo farmacêutico ativo (IFA) da empresa. A vacina usa uma tecnologia chamada vetor viral e é confeccionada a partir de um adenovírus de chimpanzés. O composto é manipulado para inserir no código genético o gene da proteína spike (S), presente no novo coronavírus. Assim, o micro-organismo perde a capacidade de se multiplicar no corpo humano e de provocar a doença. Depois de um processo químico, essa solução compõe a vacina, estimulando a resposta imunológica do organismo contra a proteína S, na forma de anticorpos e células T. O imunizante também requer dose dupla para completar a proteção. O intervalo entre as aplicações é de três meses.
Pfizer/BioNTech
O imunizante da farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech, requer aplicação de duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina usa a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), por meio da qual um trecho do material genético do vírus que corresponde à proteína spike (S) é manipulado em laboratório de forma sintética, empacotado em uma molécula e incorporado à vacina. Quando aplicada, ela induz o corpo a produzir essa proteína, desencadeando, também, uma resposta imunológica do organismo.
Conclusão:
Todas as vacinas tem rigorosos testes e estão aprovadas pelos orgãos competentes. Não deixe de se proteger ou proteger as pessoas que você ama por desinformação. De acordo com os dados, na prática, a eficácia de 50% significa que quem não tomar a vacina terá o dobro de chances de desenvolver a covid-19 caso pegue o vírus, explica à BBC News Brasil o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Hospital Universitário da USP.
Não vacinados que adoeçam também terão cinco vezes mais chance de precisar de atendimento médico.
Não importa a marca, o importante é se vacinar...
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